Croqui Patrick White

5º VI A1 E3 – Irmão Maior do Leblon – Leblon – Rio de Janeiro – RJ

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Esta clássica e impressionante via no Irmão Maior do Leblon estava a muito tempo sem repetições até que Miguel Monteza e Alexandre Charão do Centro Excursionista Carioca a repetiram no final de maio. Pouco tempo depois, no dia 6 de julho, estiveram lá Flavio Daflon, Victor González, Flavio Leone e David Ribeiro.

Todas as três cordadas repetiram a via até o final. Alguns grampos estão em mal estado de conservação, mas o estado da maioria deles é regular, sendo importante, sempre que possível, proteger com peças móveis. O trecho em pior situação é o primeiro artificial, que conta com três grampos. O do meio está prestes a quebrar, porém é possível escalar este lance em livre, já que há boas agarras e a dificuldade não passa de quinto. Há grampos sem corrosão porém com grande parte para fora, sendo desconhecido o quanto ele está fixado dentro da rocha. Os grampos do teto para cima, que sempre se escutou falar que estavam fora de condições, não são os piores da via.

Vários grampos da via são desnecessários hoje em dia já que as fendas são perfeitas para proteção móvel. Nas fendas largas demais, chaminés e lances em agarras ou artificiais os grampos são fundamentais e precisariam ser renovados.

As peças necessárias são Camalots do 1 ao 4, podendo repetir o número 3. Querendo escalar em livre o segundo artificial (sexto grau) sem depender dos grampos de 1/4 pode-se levar um Camalot 6. Stoppers entre médios e grandes podem ser usados, mas não são fundamentais. Estribos também são opcionais, pode-se usar apenas fitas nos artificiais.

Quanto a graduação é importante estar escalando quinto grau em fendas confortavelmente, já que a graduação é bem constante e a maioria dos lances são obrigatórios.

Realmente é uma escalada impressionante para a época em que foi conquistada, 1970, num período pré-sapatilha. Os conquistadores são José Carlos Almeida, Luis ‘Penacho’ Bevilacqua e Rodolfo Chermont do Carioca.

O tempo médio para se repetir a via deve ser de 4 horas, sem contar a caminhada de 40 minutos até a base. Veja o filme (HD) e clique no croqui para ampliar.

Obs.: Após esta repetição os grampos de 1/4 do primeiro artificial foram trocados por dois grampos de 1/2. Alguns outros grampos onde não é possível a proteção com peças móveis também foram trocados. Trabalho realizado pelo Centro Excurcionista Carioca (http://www.carioca.org.br/blog/posts/manutencao-da-via-patrick-white/).